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segunda-feira, 5 de outubro de 2015

História da metralhadora

Metralhadora

Arma de fogo automática que funciona pela ação direta dos gases da própria carga de projeção ou pelo recuo do cano, e com sistemas de alimentação, ejeção e arrefecimento apropriados, podendo manter tiro contínuo e rápido durante apreciável período de tempo. Utiliza munição de calibres variados. Atira, normalmente, presa a um reparo cuja estabilidade permite o tiro por cima de cobertas e por sobre a tropa amiga.
A primeira concepção de arma de tiro rápido surgiu com o aparecimento das armas de fogo, pela necessidade de ser aumentado o volume de fogo no campo de batalha. Vários tubos de pequeno calibre eram montados sobre um reparo-plataforma. Há notícias do emprego dessa máquina em Gand (1382) e na batalha de Marignan (1515), onde já eram disparados 50 projéteis simultaneamente. Entretanto, a metralhadora só evoluiu rapidamente na segunda metade do século XIX. Em 1862 Richard J. Gatling construiu uma arma de vários canos acionados por uma manivela que os girava como o tambor de um revólver. Sua cadência normal era de 600 tiros em um minuto. Outras metralhadoras primitivas que deram resultado satisfatório foram a Nordenfelt e a Gardner. A primeira metralhadora verdadeiramente automática foi a inventada por  Hiram Maxim, em 1884. Dispunha de um único cano, alimentado por uma longa fita de cartuchos. Aproveitando a força do recuo da arma para carregar, disparar e ejetar os cartuchos usados. Seu sistema de arrefecimento consistia numa camisa exterior cheia de água, colocada ao redor do cano. A metralhadora Browning foi a primeira que empregou o sistema de funcionamento pela ação dos gases e alta pressão. No momento do disparo parte deles é colhido por um pequeno orifício no cano (evento) impelido um êmbolo para trás. Quando o êmbolo novamente avança, faz repetir o processo de tiro e, assim, a arma dispara automaticamente enquanto o atirador pressionar o gatilho.
Na I Guerra Mundial as metralhadoras, pesadas e leves, foram empregadas como armas orgânicas das unidades combatentes. O exército francês  adotou a Hotchkiss, arrefecida a ar. Os ingleses  empregaram a Vickers, menos pesada e semelhante à Maxim. O exército dos EUA adotou a Browning em 1917. O alemão serviu-se da Maxim, da Schwarlose e da Bergmann. Quanto às metralhadoras leves, a Lewis, de arrefecimento a ar, deu resultados satisfatórios. Foi utilizada, tanto em terra como em aviões. Encerravam-se os cartuchos em alojamento redondo e plano, situado em cima da arma. A Bren veio substituí-la em grande parte.

A II Guerra Mundial acarretou grande aperfeiçoamento nas metralhadoras, não tnato nos seus sistemas, que continuam basicamente os mesmos, mas em detalhes que permitiram diversificar o seu emprego tático. Os alcances passaram a variar de cinco a nove quilômetros, para atender ao tiro longínquo, antiaéreo e anticarro. Das metralhadoras pesadas sobressaiu a Browning, norte americana, pela variedade de emprego. Apta à defesa antiaérea, foi também empregada na defesa anticarro e no tiro de apoio.









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