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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Teletransporte

Teletransporte

Foi o que Albert Einstein chamou jocosamente de “fantasmagórica ação a distância”. Sua intenção, ao falar isso, era descredenciar o que a teoria descrevia, sugerir que não passava de uma fantasia. Pois não só não era fantasia como hoje os físicos usam o fenômeno corriqueiramente no laboratório para realizar teletransporte – o que desloca, no teletransporte quântico, é a informação.
A primeira demonstração, engenhosamente planejada pelo suíço Anton Zeilinger, na Universidade Innsbruck, foi feita em 1997. Eles usaram fótons – partículas de luz – e conseguiram transportar o estado quântico de uma para outra. Na prática, é como se a segunda se transformasse na primeira.
Temos visto notáveis avanços no uso desta ação a distância. De fótons individuais, os cientistas passaram a feixes de luz, e dali para átomos individuais. Em 2009, cientistas americanos teletransportaram um átomo de itérbio (com nada menos que 70 prótons em seu núcleo) a uma distância de um metro.
Contudo, os cientistas sempre reforçam a ideia de que transportar pessoas será quase impossível, mesmo no futuro longínquo. Isso porque o teletransporte quântico exige antes que se crie esse “vínculo” entre as partículas que serão transportadas e as que receberão o “transplante” de estado quântico.
Mesmo que seja possível fazer isso com todos os zilhões de partículas que compõem o corpo humano, ainda teríamos de realizar o transporte antes que essas partículas interajam umas com as outras – pois a interação desfaz o chamado entrelaçamento quântico.

“Essa correlação quântica é muito frágil. É por isso que pessoas e outros objetos macroscópicos agem de forma clássica, e não como na mecânica quântica”, afirma Lawrence Krauss, físico da Universidade Estadual do Arizona.








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