Teletransporte
Foi o que
Albert Einstein chamou jocosamente de “fantasmagórica ação a distância”. Sua
intenção, ao falar isso, era descredenciar o que a teoria descrevia, sugerir
que não passava de uma fantasia. Pois não só não era fantasia como hoje os
físicos usam o fenômeno corriqueiramente no laboratório para realizar
teletransporte – o que desloca, no teletransporte quântico, é a informação.
A primeira
demonstração, engenhosamente planejada pelo suíço Anton Zeilinger, na
Universidade Innsbruck, foi feita em 1997. Eles usaram fótons – partículas de
luz – e conseguiram transportar o estado quântico de uma para outra. Na
prática, é como se a segunda se transformasse na primeira.
Temos visto
notáveis avanços no uso desta ação a distância. De fótons individuais, os
cientistas passaram a feixes de luz, e dali para átomos individuais. Em 2009,
cientistas americanos teletransportaram um átomo de itérbio (com nada menos que
70 prótons em seu núcleo) a uma distância de um metro.
Contudo, os
cientistas sempre reforçam a ideia de que transportar pessoas será quase
impossível, mesmo no futuro longínquo. Isso porque o teletransporte quântico
exige antes que se crie esse “vínculo” entre as partículas que serão
transportadas e as que receberão o “transplante” de estado quântico.
Mesmo que seja
possível fazer isso com todos os zilhões de partículas que compõem o corpo
humano, ainda teríamos de realizar o transporte antes que essas partículas
interajam umas com as outras – pois a interação desfaz o chamado entrelaçamento
quântico.
“Essa correlação
quântica é muito frágil. É por isso que pessoas e outros objetos macroscópicos
agem de forma clássica, e não como na mecânica quântica”, afirma Lawrence
Krauss, físico da Universidade Estadual do Arizona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário